O ano de 1986 acabou se tornando emblemático. No dia 29 de outubro, o torcedor palmeirense assumia o “Porco” como mascote. Numa partida contra o Santos, ao ouvir tímidos gritos de "porco" vindos da torcida rival, a torcida palmeirense respondeu com um "e dá-lhe Porco !! e dá-lhe Porco!! olê, olê, olê..." e "Porcoôôô..". Alguns dias depois, para consagrar mudança, a Revista Placar estampava na capa Jorginho Putinatti, símbolo daquela geração, segurando um porco no colo.
Dois fatos merecem registro nessa década: em 1983, no Paulista, num jogo contra o Santos, o juiz José de Assis Aragão fez um gol para o Palmeiras, aos 47 do segundo tempo. Isso mesmo: gol de juiz. O atacante Jorginho chutou de dentro da grande área, a bola seguiria para fora, mas bateu em Aragão, que estava sobre a linha de fundo, a cerca de um metro do gol. A bola pegou efeito e entrou nas redes do time do Santos. O jogo acabou 2 a 2, para revolta do time do litoral.
Outro fato inusitado aconteceu em 11 de novembro de 1988, quando o atacante Gaúcho defendeu dois pênaltis contra o Flamengo, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, em pleno Maracanã. Gaúcho foi para o gol no lugar de Zetti, que quebrou a perna nos minutos finais da partida. O jogo terminaria empatado e seria decido nos pênaltis. Durante a disputa, Gaúcho defendeu duas cobranças, de Aldair e de Zinho. E para completar a noite, ele não desperdiçou sua cobrança, e fez o gol vestido com a camisa de goleiro.
Em 1989 o Palmeiras teve outra chance de comemorar um título – invicto até a reta de chegada o time foi eliminado ao perder para o Bragantino no quadrangular da semifinal do Paulista.
O palmeirense mesmo sem conquistar títulos lotou estádios e sempre esteve ao lado do time durante os “anos perdidos”. A década de 80 terminava sem conquistas relevantes, mas os anos 90 chegariam para recompensar o apaixonado palmeirense.
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